Geralmente pensamos em trocar a fiação elétrica do nosso imóvel apenas quando as coisas começam a falhar e as luzes começam a piscar, não é mesmo? Mas nem sempre levamos em consideração que a rede elétrica é feita com materiais que possuem um tempo de vida útil.
Também não levamos em conta como tudo evolui e como os novos aparelhos requerem uma maior demanda de energia e da infraestrutura residencial. Pare para pensar, você acha que a nossa casa nos anos 90 tem o mesmo número e o mesmo tipo de equipamentos ligados que a nossa residência nos dias de hoje? A resposta certamente será não.
Ar-condicionado, computadores, TVs (geralmente mais de uma e muito grandes), vídeo games, celulares e carregadores, sistemas de som e por aí vai. Quanto mais avança a tecnologia maior deve ser a preocupação com a fiação do imóvel. Um exemplo claro disso são os chuveiros. É bem comum comprarmos um chuveiro e ele desligar o disjuntor, tudo porque a fiação não “aguenta” o chuveiro.
Outro fator que pode ser imperativo na hora de considerar a troca da fiação é as leis e novos padrões de segurança. A mudança das tomadas de dois pinos para as tomadas de três pinos é um grande exemplo disso, muita gente precisou realizar essa mudança. Por isso é importante uma revisão periódica da sua instalação elétrica.
Quando é hora de trocar a fiação elétrica do imóvel
Além dos motivos óbvios para a troca da fiação elétrica, como: Falha da rede, queda constante do disjuntor, curtos e inadequações com novas normas. Não há uma regra que diz de quanto em quanto tempo é necessário a troca geral da fiação. Mas existe um consenso que é necessário uma revisão da fiação elétrica uma vez a cada cinco anos.
Essa revisão tem como objetivo encontrar:
- Possíveis falhas no isolamento dos fios;
- Ligações com defeito ou com risco iminente;
- Analisar se a rede ainda é compatível com a realidade dos eletrodomésticos na casa;
- Inadequações da instalação elétrica;
A partir dessa revisão é determinado a necessidade de troca da fiação e o que exatamente precisa ser trocado. É bom lembrar também que imóveis mais antigos precisam de avaliação constante e adequações a novas normas, como por exemplo trocar a caixa de fusível por um disjuntor moderno.
A troca da fiação elétrica também deve ser feita quando houver a compra de algum eletrônico que pode não ser compatível com a atual fiação e sua capacidade. Chuveiro, ar condicionado, ferramentas, aquecedores e outros estão incluídos nesse caso.
Portanto sempre que for instalar alguma novidade na rede elétrica faça uma consulta com uma empresa de confiança para determinar as trocas necessárias na rede. Mas o mais importante é nunca se esquecer da revisão periódica. Com eletricidade não se brinca, ela é perigosa e silenciosa. Sempre tenha a opinião de um profissional para garantir segurança para você, para sua família, para os seus funcionários, ambiente de trabalho e toda a estrutura do imóvel.
Dicas para proteger a rede elétrica do imóvel
A norma técnica NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, é feita pensada na melhor proteção para a rede elétrica.
Portanto na hora de planejar a instalação elétrica do imóvel é preciso seguir algumas normas.
Algumas das mais importantes são:
– Não usar cabos PP (500 ou 700 volts), Paralelo ou Torcido (300 volts) em instalações fixas. Esses bacos são destinados apenas para o uso de eletrodomésticos, eles não possuem propriedade antichamas. A proibição do uso desses cabos está em vigor desde 2004.
– Instalação do aterramento. Muitas casas ainda não possuem aterramento ou “fio terra” para ajudar em possíveis descargas elétricas, porém, a instalação é uma obrigação
– Nunca usar cabos “desbitolados”. Esses cabos apresentam grande risco para a rede elétrica e toda a estrutura da residência, eles nem mesmo são aprovados pelo Inmetro (apesar de que algumas encontradas por aí apresentam um selo falso).
Caso você esteja planejando a sua instalação elétrica ou não tem certeza se está tudo de acordo com as novas normas, contrate sempre a ajuda profissional para fazer essa avaliação.
FONTE: Esgotecnica