Neste período em que a maioria das pessoas se encontram em casa, sobrecargas elétricas que causam princípios de incêndio podem significar um risco para toda a família. Confira nossas dicas para evitar e manter sua casa sempre segura.
No período que enfrentamos deve-se redobrar alguns cuidados, não apenas com a nossa saúde em particular, mas também com o ambiente que vivemos. Os acidentes domésticos são mais comuns do que imaginamos, principalmente os que envolvem eletricidade, sendo fatais na maioria dos casos. Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), apenas no ano de 2018 houve 61 mortes por incêndios causados por sobrecarga elétrica, dados que podem ser consultados no anuário de 2019. Sobre os dados, a Associação comenta:
“O número de incêndios por curto-circuito reflete a defasagem das instalações elétricas nas edificações. Esses eventos, na maioria das vezes, têm início pela sobrecarga em condutores que, ao terem ultrapassado seus limites de condução de corrente, aquecem e perdem a isolação, dando origem ao fogo. Se atualizadas, as instalações passam a ter dispositivos de proteção que interrompem a sobrecarga evitando o acidente (disjuntores ou fusíveis corretamente dimensionados). O ano de 2018 apontou mais do que o dobro de mortes quando comparado com 2017. […]”
Sendo assim, as chamadas “gambiarras” significam grande perigo para toda a família, estrutura do imóvel e eletrodomésticos. Tomadas mal instaladas e fios elétricos comprometidos podem dar início a um pequeno curto-circuito que gera grandes incêndios se não forem percebidos a tempo, principalmente em residências que contam com forros de madeira. Consultar um eletricista de confiança para realizar as instalações elétricas é sempre a melhor opção.
Na maioria dos casos, o disjuntor da residência desliga diversas vezes quando há algum sinal de risco na rede elétrica. Erroneamente, alguns proprietários tomam a iniciativa de substitui-lo por outro de maior capacidade para resolver o problema. Mas a constante “queda” deste dispositivo deve ser investigada por um especialista, pois a substituição pode fazer com que um incêndio causado por erros na instalação elétrica se alastre sem que o proprietário possa notar a tempo.
Além das instalações elétricas improvisadas, outro exemplo das chamadas “gambiarras” é o uso de benjamins ou “T”. Eles proporcionam fuga de corrente, ou seja, gasto à mais de energia. Especialistas mostram que cada equipamento deve ter uma tomada própria para economia e, principalmente, para evitar acidentes. Sendo assim, aquele aumento inesperado na conta pode representar perigo para o seu lar e para a sua família, porque além da “fuga” de energia elétrica, o benjamim pode sobrecarregar toda a instalação do imóvel e causar curtos-circuitos.
Outro potencial perigo de incêndio nos lares são os celulares e os notebooks. Algumas pessoas preferem carregar esses dispositivos durante a noite ou esquecem de desligar da tomada quando a carga está completa, resultando em constantes acidentes. Dessa forma, especialistas aconselham que essas práticas devem ser evitadas e que os carregadores sejam originais do fabricante. Outra dica é não apoiar estes dispositivos em superfícies de pano, pois pode prejudicar o sistema de refrigeração proporcionando aquecimento, prefira as superfícies lisas e sem objetos que possam alimentar as chamas no caso de acidentes.
Em suma, sempre que notar a presença de um aumento inesperado na conta de eletricidade ou na constante “queda” do disjuntor, fale com um especialista e garanta a segurança de quem você mais ama.